Após o anúncio da construção de duas escolas estaduais em Campo Novo do Parecis — feito pelo secretário de Estado de Educação, Alan Porto, juntamente com o prefeito Edilson Piaia — declarações nas redes sociais reacenderam o debate sobre decisões da gestão municipal anterior no que diz respeito ao avanço da infraestrutura educacional no município.
Segundo Júlio César Maia, Diretor da Escola Padre Arlindo o ex-prefeito Rafael Machado teria recusado aderir à parceria com o Governo do Estado para implantação do programa “Escola Estadual de Tempo Integral”, conhecido como “Escola Moderna”. Trata-se de uma estrutura escolar planejada para ser construída em cerca de um ano, com salas amplas, ambientes climatizados e espaço para atividades de contraturno escolar — substituindo os atuais contêineres utilizados como salas de aula.
Em publicação nas redes sociais, Júlio César declarou:
> “As duas escolas são estaduais e não municipais. Em média, as CEIs estão levando 1 ano para ficarem prontas. Esses projetos das duas escolas já estavam aprovados, mas precisa da parceria do prefeito municipal, assim como ocorreu em Sapezal e em muitas outras cidades porque licitação é muito demorada. Porém, o antigo prefeito não quis dar início nas obras.”
A fala traz à tona uma crítica direta à decisão da gestão anterior, que segundo ele, impediu o início imediato de obras que poderiam já estar concluídas — prejudicando milhares de crianças que seguem estudando em contêineres improvisados e com infraestrutura limitada. As salas modulares, embora caras aos cofres públicos, têm sido alvo constante de reclamações por superlotação e condições insatisfatórias de ensino.
Por outro lado, a atual administração do prefeito Edilson Piaia foi elogiada por correr atrás do projeto logo nos primeiros dias de mandato. Ainda durante o período de transição, Piaia esteve na DRE solicitando apoio para a construção de salas definitivas e dignas, demonstrando compromisso com a qualidade da educação pública.
A expectativa é que as novas unidades atendam mais de 1.700 crianças, se tornando referência na educação de Mato Grosso. A construção será feita em regime de parceria entre município e Estado, acelerando a execução e permitindo que o município contribua com infraestrutura local, enquanto o Governo do Estado entra com projeto, execução e equipamentos.
A comunidade escolar aguarda com otimismo os próximos passos para que, finalmente, os estudantes tenham acesso a um espaço moderno, seguro e à altura dos seus sonhos.
